terça-feira, 23 de julho de 2013

CRIATIVIDADE, A SOLUÇÃO PARA O ORDENAMENTO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO


 
Gaia com Centro de Congressos e Cidade do Vinho

 Esta segunda-feira, a candidatura “Juntos por Gaia” debateu, na Quinta da Boeira, o tema Ordenamento, Planeamento e Desenvolvimento, questões que o candidato considera “fundamentais e aliciantes”.

O debate, o 7º de uma série de 10 que se concluirão no fim do corrente mês de Julho, tem por objetivo recolher contributos para a elaboração de um compromisso eleitoral participativo que o candidato José Guilherme Aguiar apresentará, a seu tempo, aos munícipes de Gaia. Isto mesmo referiu Nuno Delerue, Presidente da Comissão Política da candidatura ao introduzir o debate, anunciando que o modelo era o de um “think tank”, assumindo previamente a garantia de que “em ordem a fomentar o máximo de liberdade possível não haveria citações diretas de opiniões manifestadas pelos palestrantes, sendo, inclusive, assegurado reserva de imagem se o pretendessem”.
 
Participaram como palestrantes, um “elenco de luxo”, constituído por Pedro Karst Guimarães, José Manuel Vasquez Mosquera, Alexandre Almeida, Ricardo Coimbra, Ana Paula Oliveira, Alfeu Sá Marques e Sidónio Pardal, tendo-se verificado inúmeras outras intervenções da generalidade dos presentes, o que resultou num debate vivo e com bastante controvérsia.

 
Atendendo à conjuntura económica “o investimento privado desapareceu e o investimento público não vai existir”, por isso é “preciso contrariar a estagnação e ser-se criativo para atrair investimento, inovação e para que Gaia não fique para trás”. Gaia deve adoptar um novo paradigma de gestão que assuma um papel activo na promoção do desenvolvimento económico e na criação de emprego. Para tal, tem de desenvolver uma estratégia e um posicionamento competitivo diferenciador que aumente a sua atratividade para a população e para as empresas. O planeamento deve operacionalizar esta estratégia.
 
Assim, os palestrantes apresentaram projetos urbanísticos criativos e estratégicos, de possível atuação da câmara municipal que incluíam a “capitalidade de funções dentro do enorme centro, que atualmente não existe” equilibrando a Área Metropolitana do Porto.
 
“Qualquer projeto que seja sustentável não custa dinheiro”
 
É urgente a “atração para o centro histórico de museologia e exposições, unidades e residências universitárias, empresas inovadoras e de elevado valor acrescentado, livrarias e bibliotecas, provocando em Gaia o efeito que a Ryanair teve no centro do Porto.
 
E porque o “urbanismo se faz com criatividade e programação”, aliado a uma imagem mais ambiciosa, surgiram sugestões como a concretização de “uma Cidade do Vinho, à semelhança de Bordéus, aproveitando a imagem do centro histórico de Vila Nova de Gaia” e do desenvolvimento de um “Centro de Congressos da área metropolitana do Porto”, evoluindo para o conceito de Multiusos e de Parque de Exposições. Um Centro de Congressos “é uma âncora de muito desenvolvimento”, uma vez que associa “um movimento brutal de milhares de pessoas, com turismo, hotéis e outras sinergias”.
 
Outros projetos mais criativos ponderaram uma nova ponte “da Igreja de São Francisco até ao Cais de Gaia”, pois o tabuleiro da atual Ponte D. Luís é “exíguo para os peões” e muito beneficiaria o turismo, permitindo também o movimento circular do trânsito. E porque “também sem mobilidade nada funciona”, falou-se num “projeto para o elétrico histórico que passe na ponte Dona Maria, vá ao novo Centro Intermodal de Gaia, desça para as Caves e sirva o Centro de Congressos”.
 
O outro projecto fundamental desta estratégia é a Gaia Tecnopolis, desde junto ao caminho-de-ferro (Valadares/Miramar), até á zona empresarial de Avintes, que una Universidades, tecnologias e investigação às empresas de Gaia, porque as empresas devem estar no ponto de maior acessibilidade e visibilidade”. Gaia Tecnopolis será centrada na bifurcação da auto-estrada para a Arrábida e Freixo, aproveitando o prolongamento da linha de metro até a Vila D´Este.
 
Foi também debatido que “Gaia até por causa do investimento dos últimos anos gerou assimetrias. “Entre uma frente de mar ordenada e urbanizada e uma zona de interior rural mais desordenada e onde praticamente só existem estradas”. Nesse sentido, foi considerado fundamental o restabelecimento e duplicação faseado de estradas antigas e auto-estradas, no sentido de beneficiar a estrutura urbana de Gaia e de criar Transporte Colectivo em sítio próprio, rápido, confortável e eficaz a percorrer grandes distâncias.
 
Deverá ser aproveitado o Cabedelo para atividades de lazer e investigação ligadas ao Mar” e “alguns pontos da costa de rio muito ricos para um parque aventura, ligado a lazer de fim-de-semana”. Os vales rurais e as áreas florestais deverão, por sua vez, ser aproveitadas numa vertente de criação de mais parques, combinando hortas e pomares comunitários, áreas de passeio e lazer, e de desporto, tudo em benefício da paisagem e imagem de Gaia.
 
Sobre as limitações, os palestrantes foram unânimes que “é essencial que a câmara municipal desloque muita da burocracia inútil, anulando-a o quanto possível, para o campo em que esse trabalho se torne útil”, no serviço direto à população, porque nem tudo “pode estar limitado por leis absolutamente intransigentes”.
 
Para Guilherme Aguiar, “Gaia é uma cidade de futuro”, até porque “qualquer projeto que seja sustentável não custa dinheiro”. A competitividade foi um dos fatores essenciais que o candidato independente considerou importante para o crescimento e desenvolvimento de Gaia “que todos gostamos já hoje e vamos gostar ainda mais”, concluindo que “o atual Presidente da CMG e candidato ao Porto diz pretender lutar por mais 50 mil habitantes, mas eu, como futuro Presidente da CMG, vou-lhe fazer concorrência saudável competindo por estes novos 50.000 habitantes.”.
 
O próximo debate subordinado ao tema “Mobilidade” realiza-se na próxima 5ª feira, na sede de candidatura.

Sem comentários :

Enviar um comentário